segunda-feira, 3 de maio de 2010

Como fazer negócios em tempo de crise e vencer no caos?

Bárbara Silvana Sabino*



Há indícios de que o pior já passou, mesmo assim, o mundo ainda vive sob os resquícios da maior crise econômica de todos os tempos. E o pior, estudiosos indicam que o alívio será temporário e que o próximo susto poderá ser tão grande quanto o de agora, pois a turbulência tende a se tornar uma condição permanente. E nem todos estão conscientes disso.

Seguindo essa linha, Kotler e Caslione lançam este mês o mais novo livro da dupla, intitulado “Vencer no caos”. Nesta obra, eles reafirmam alguns pontos que já se havia percebido, como por exemplo: (1) realizar planejamento de curto e não de longo prazo - pois em tempos de crise planejar em longo prazo é anacrônico e inútil. O mundo muda e a empresa precisa acompanhar este movimento, revendo seus conceitos e posicionamento, periodicamente. (2) Saia do escritório – nunca foi tão perigoso confiar apenas na experiência do presidente ou de seus assessores e em relatórios. É preciso acompanhar os fatos, o mais próximo possível; conversando com jovens, ambientalistas, cientistas... Procurar entender como eles pensam, pois eles são o reflexo do mundo atual; (3) invista em marketing – não investir em marketing é dar aos seus concorrentes a oportunidade que eles precisam para roubar seus clientes, pois “Marketing é músculo e não gordura.”; (4) conheça seus clientes – pressionados pela crise, os clientes podem mudar seus hábitos de consumo. É preciso ficar de olho neles e ouvi-los, atentamente. Pesquisas de marketing podem ajudar nessa tarefa tão importante; (5) mantenha os talentos – depois que a crise passar, pode custar bem mais caro recuperar os talentos dispensados; (6) corte as marcas mais fracas – corte as marcas que levarão muito tempo para se consolidar no mercado e invista anunciando as marcas e produtos mais fortes, pois não há tempo e dinheiro a se desperdiçar.

Enfim, ao contrário da postura adotada pelas empresas que, geralmente, se encolhem a espera que a crise passe logo, o negócio certo é investir na divulgação dos melhores produtos e nos mercados que a empresa já é forte para obter maior participação de mercado.



* A autora é Mestre em Administração pela Univali, professora universitária e sócia-gerente da Sabino Comunicação, barbarasabino@terra.com.br – junho/09